Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, do supremo tribunal Federal (STF), entregaram ao presidente Jair Bolsonaro, em reunião no plácido do Planalto, convite para ele assistir à cerimônia de posse dos dois no comando do Tribunal superior eleitoral (STF). Fachin vai presidir o tribunal até agosto, quando se encerra seu período de dois anos na corte eleitoral. Depois, Moraes, o vice, vai assumir. O TSE conta, em sua composiçã, com ministros do STF. O encontro dois ministros com Bolsonaro durou cerca de 10 minutos. A relação de Bolsonaro com o judiciário nos últimos anos tem sido marcada por ataques do presidente. Bolsonaro criticou decisões de ministros, participou de atos antidemocrático que pediam, de forma ilegal, o fechamento do STF e questionou, assumidamente sem provas, a segurança das urnas eletrónica. Moraes é o ministro com quem Bolsonaro mais tem desgaste. Ele comanda algumas investigações no supremo que têm o presidente como alvo. Uma delas é a investigação sobre divulgações de notícias falsas a respeito de vacinas e outra apura disseminação de suspeitas infundadas contra as urnas. Há duas semanas, o ministro determinou que Bolsonaro comparecesse pessoalmente à polícia federal para prestar depoimento em outro caso: o que investiga se o presidente revelou, em uma live, dados sigilosos sobre uma investigação de ataque virtual contra o TSE. Bolsonaro não foi ao depoimento, o que aumentou a tensão com Morae. O ministro também é relator do inquérito das fake News, que investiga empresários e políticos Bolsonarista pela informação de uma rede que dissemina informações falsas com o objetivo de enfraquecer a democracia e as instituições. Fachin e Moraes vão comandar o TSE durante sete anos de eleições.
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